11 de dezembro de 2007 às 17h48
Por Jessica O´Callaghan
O mercado nacional de embalagens movimenta mais que 30 bilhões de reais por ano. A embalagem é fator decisivo no ponto de venda para a escolha do produto. Uma pesquisa realizada pelo POPAI em 2004 chegou a revelar que 81% das decisões da escolha da marca são feitas no PDV. Mas, apesar da importância, a embalagem ainda não rompeu totalmente antigos paradigmas. Esses e outros dados foram apontados pela pesquisa “Diagnóstico e Gestão da Embalagem no Brasil”, realizada pela GFK Indicator, encomendada pelo Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, com o apoio das empresas Fispal e Henkel e patrocínio da Owens Illinois.
Uma das principais conclusões do estudo é a ausência de visão estratégica das empresas nacionais em relação à gestão da embalagem. Segundo Fábio Mestriner, coordenador do Núcleo, o estudo aponta, por exemplo, que apenas 150, das 500 empresas contatadas, têm um profissional responsável apenas por embalagens e, deste total, apenas 41% são pós-graduados na área.
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas telefônicas com os principais responsáveis por embalagens nas empresas. Ao aceitar responder a entrevista o entrevistado tinha duas opções: responder a entrevista completa por email ou por telefone. A abrangência foi nacional e foram entrevistadas 150 empresas importantes do mercado brasileiro.
Outro dado importante, divulgado como surpreendente por Paulo Carramenha, diretor presidente da GFK Indicator, foi que 31% das empresas entrevistadas não sabem o valor da embalagem no preço final do produto e que não há profissionais especializados para a gestão estratégica da embalagem.
Em 1/3 delas, não há um departamento exclusivo para embalagens. E mesmo quando há, em 67% dos casos a gestão é dividida com outros. Além disso, o estudo mostrou que há pouco aproveitamento da embalagem como diferencial competitivo. Apenas 35% fazem embalagens promocionais e 29% sazonais, e 27% fazem gestão estratégica de embalagens e 61% não possuem programas de investimento em modernização e tecnologia de embalagens
Francisco Gracioso, professor e membro do conselho da ESPM e ex-presidente da instituição de ensino se mostrou surpreso com os resultados. “Fiquei impressionado e não sou novato nesse ramo. A desinformação e falta de preparo das empresas com um assunto tão importante é inaceitável”, comenta.
Fonte: www.consumidormoderno.com.br
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
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